Policiais civis fazem nova paralisação no Rio Grande do Sul

Policiais civis do Rio Grande do Sul começaram nesta quarta-feira uma paralisação de dois dias em protesto por reajustes salariais. A mobilização atinge os trabalhos de investigadores, escrivães e inspetores.

 

Segundo o sindicato da categoria, apenas registros de flagrantes e de crimes considerados graves estão sendo feitos no Estado. Serviços de investigações também são afetados. Os sindicalistas afirmam que todas as regionais aderiram ao movimento.

 

A direção da Polícia Civil gaúcha ainda não fez um balanço dos efeitos da paralisação.

 

Em fevereiro, o sindicato já havia anunciado uma "operação padrão", quando agentes devolveram celulares funcionais. Os policiais reclamam da diferença em relação aos salários dos delegados do Estado, que negociaram separadamente com o governo no ano passado.

 

É a segunda grande mobilização de funcionários públicos que o governo de Tarso Genro (PT) enfrenta nesta semana. Ontem, professores da rede estadual, que pararam os trabalhos na semana passada, fizeram protestos em frente ao palácio e dentro da Assembleia Legislativa.

 

Na última sexta-feira, as duas categorias se encontraram em passeatas organizadas separadamente.

 

O governo diz ter apresentado um cronograma de aumentos que dobraria os salários dos policiais civis até 2018 em relação ao que era pago no ano passado. O sindicato, no entanto, quer reajustes proporcionais aos obtidos pelos delegados, de até 145% em um prazo de seis anos.

 

Como a proposta foi rejeitada pelos policiais, a Casa Civil gaúcha está elaborando um novo plano e pretende marcar reunião em breve com os sindicalistas para negociar um acordo.