PM prende dois traficantes que tentavam fugir da Rocinha

19-11-2011 20:16

Eles foram localizados por meio de denúncias, na localidade Vila Verde

Policiais da Coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar prenderam, na tarde deste sábado (19), dois homens suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas na favela da Rocinha, na zona sul do Rio.

Um deles é conhecido como F ou 45, de 46 anos, e o outro tem o apelido de Barbudom de 49. Segundo a PM, eles tentavam deixar a comunidade, na localidade conhecida como Vila Verde.

Os dois foram capturados por meio de denúncias de moradores da comunidade. Eles foram levados para a Delegacia da Gávea (15ª DP). 

Veja fotos de Nem durante o embarque

Também neste sábado, policiais do Batalhão de Choque apreenderam um fuzil calibre 7.62, 172 projéteis, três carregadores e uma pistola, próximo à localidade conhecida como Quadra Velha, no morro do Vidigal, na zona sul do Rio.

Delação premiada

O traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, já se encontra no Presídio Federal de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, que já abrigou Fernandinho Beira-Mar, chefe da maior facção criminosa do Rio.

Ele irá permanecer em uma área isolada, conhecida como triagem, por pelo menos 20 dias, conforme informou o diretor da unidade, Washington Clark. 

O procurador-geral do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Lopes, busca uma nova forma de tentar convencer o traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, a colaborar com as investigações e contar à Justiça o que sabe da forma mais detalhada possível.

Para isso, Cláudio Lopes conversou com o secretário de Segurança do Estado, José Mariano Beltrame, informando-lhe que existe uma prerrogativa legal para que seja oferecida a delação premiada ao traficante. No entanto, para isso, é necessário reunir promotores e juízes que cuidarão dos processos contra Nem, pois são eles quem podem oferecer tal benefício.

- Eu conversei com o secretário Beltrame e lhe disse que a lei prevê essa possibilidade [de delação premiada], mas é um benefício que deve ser aplicado pelo juiz. O que eu propus é uma interlocução entre os promotores e os juízes que vierem a atuar nos casos para que eles discutam essa possibilidade, tendo em vista a possibilidade de ele prestar esclarecimentos objetivos à Justiça sobre os crimes que ele praticou e as pessoas envolvidas nesses crimes.

Para promotores, interessaria oferecer a Nem tal benefício se o traficante contasse, por exemplo, quem são os policiais envolvidos no esquema de corrupção que levava mensalmente metade de seu faturamento com a venda de drogas.

- Se houver um esclarecimento absoluto dos crimes praticados por ele e com base nas eventuais condenações, ele pode ter uma redução de pena, mas novamente, essa é uma decisão dos promotores que atuarem no caso e dos juízes.

Claúdio Lopes disse ter ouvido de Beltrame que “é importante que haja um entendimento nesse sentido”.

Fonte: R7 RJ

Voltar