PM explica que determinação para viaturas não circularem de madrugada é "questão de estratégia"

Foto: Divulgação/PM

Depois das denúncias de que viaturas da Polícia Militar estariam proibidas de fazerem rondas preventivas durante a madrugada na Grande Vitória, o comandante-geral da PM, coronel Ronalt Willian, explicou que tudo não passa de uma estratégia.

Ele concedeu uma entrevista ao vivo ao telejornal Balanço Geral, da TV Vitória. “Na semana passada disse que desconhecia a determinação para que as viaturas ficassem paradas em razão da economia de combustível. Reafirmo isso e digo que se trata de uma tática. Todos os comandos e policiamento ostensivo do Norte, do Sul e o Metropolitano têm autonomia para fazerem o planejamento junto com os comandantes de suas unidades para realizar o patrulhamento e o trabalho operacional”.

O coronel frisou que não disse anteriormente que se tratava de uma questão de estratégia para não facilitar a atuação de bandidos. Ele estava acompanhado do coronel Edmilson dos Santos, que explicou como funciona o planejamento da Polícia Militar capixaba.

“Dentro do estudo do Mapa do Crime, tentamos verificar o quantitativo de ocorrências durante as 24 horas do dia. Com isso em mãos, observamos que no período de 2h as 6 horas da manhã o quantitativo de ocorrências é de aproximadamente 5%. Avaliamos onde acontece a maior quantidade de ocorrências nesse período e direcionamos o nosso policiamento a fim de que a viatura seja visualizada e fácil de ser acionada. É importante falar que há acompanhamento do planejamento. A partir do momento em que há necessidade, estamos prontos para modificá-lo”.   

A denúncia

Na última semana, policiais denunciaram que são proibidos pelo comando da Polícia Militar de circular com as viaturas durante a madrugada na Grande Vitória. Tudo para economizar combustível. As equipes de reportagem da TV Vitória passaram duas semanas monitorando as atividades da Polícia Militar para comprovar a denúncia.

Dias depois foi divulgada uma gravação do Ciodes que confirma a acusação.

Fonte: folhavitoria.com.br