MG- Cabo da PM é preso suspeito de cometer 21 assassinatos em MG

28-03-2012 07:25
O cabo Laércio Soares Melo, 38 anos, lotado no 10º batalhão da Polícia Militar de Montes Claros, região norte de Minas Gerais, foi preso neste domingo por ser suspeito de 21 assassinatos. Ele foi detido por policiais da Corregedoria da PM quando se apresentava para trabalhar. Melo teve a prisão temporária decretada pela Justiça.

As investigações são feitas pela Delegacia de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa de Belo Horizonte (DHPP). Dos 21 homicídios, dois já tiveram investigação concluída. As apurações apontaram o policial como suspeito. "Há indícios de participação dele nas 21 mortes em todas as regiões onde ele já trabalhou", afirmou o delegado Rodrigo de Bossi, responsável pelos inquéritos.

Dos 21 assassinatos, 12 teriam acontecido na cidade de Urucaia, cinco em Montes Claros e o restante em outros municípios do norte de Minas. "A motivação dos homicídios seria tentar tirar vantagem financeira das vítimas. Ele (policial) iniciava uma negociação e depois matava", denunciou o advogado Élio Soares Ribeiro, que defende a família de uma suposta vítima. "Ele primeiro adquiria a amizade das vítimas, depois começava um relacionamento comercial. Essas vítimas passavam bens e dinheiro para ele, que passava a dever a essas pessoas. Depois ele cometia os crimes", completou o delegado.

Uma das supostas vítimas do PM é o comerciante Gilberto Martins, 36 anos, desaparecido desde 2003. Ribeiro afirma que o militar foi visto por testemunhas na cidade de Urucaia com o comerciante pouco antes do crime. "Gilberto era revendedor de veículos e Laércio tinha negócios com ele. O policial devia R$ 3 mil a ele. Depois desse dia em que foram vistos juntos, Gilberto não apareceu mais", afirmou.

O segundo caso já concluído pela Polícia Civil é o assassinato de Francisco Santos Filho, 38 anos, que desapareceu no dia 31 de dezembro de 2009. "Para o Chiquinho (Francisco), o policial devia cerca de R$ 30 mil. Eles faziam pequenos negócios de compra e venda de carros. Um dia os dois fizeram uma viagem para Lagoinha, zona rural de Montes Claros, e nunca mais o Chiquinho foi visto", disse. No 10º Batalhão da PM em Montes Claros, ninguém foi localizado para falar sobre o caso.

O advogado do suspeito, Júlio Canela, disse que o cabo não tem envolvimento com os crimes apontados pela Polícia Civil. "Ele é plenamente inocente, não há provas", afirmou.

FOnte: TERRA

 

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