MG: Deputados defendem mudanças no 190 da Polícia Militar
16-03-2012 19:53Trote é gargalo no atendimento do serviço.
Deputados mineiros discutem falhas no atendimento do telefone 190. O assunto virou tema de audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, depois de uma série de denúncias de ouvintes da Itatiaia. Quem atende as ligações do 190 não são policiais, são pessoas comuns, pois o serviço é terceirizado.
O chefe do Centro Integrado de Comunicações Operacionais da Polícia Militar (Cicop), tenente coronel PM Marcus Vinícius Veloso Lima, apresentou aos deputados da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa um dado preocupante: apenas 28% dos atendimentos feitos pelo serviço telefônico 190 são relacionados a emergências policiais. As demais chamadas são frutos de trotes ou pedidos de informações gerais.
O tenente fez um diagnóstico sobre o 190, que vem sendo criticado por parlamentares e cidadãos pela demora no atendimento. Segundo ele, o serviço cobre 21 cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte, totalizando mais de cinco milhões de habitantes. Em 45 cabines de atendimento, 236 teleatendentes recebem cerca de 15 mil ligações todos os dias. “Temos 24 policiais que fazem o controle de qualidade do atendimento feito por servidores civis, mas nosso maior gargalo são os trotes", disse.
O deputado Sargento Rodrigues (PDT) lembrou que o Cicop é o “cérebro” da Polícia Militar, uma vez que reúne dados de inteligência fundamentais ao trabalho da corporação. Para ele, uma forma de agilizar o atendimento é ampliar a divulgação, via meios de comunicação, da importância do 190 e, assim, criar políticas públicas para o segmento. A deputada Maria Tereza Lara (PT) concordou com o colega e destacou a necessidade de maior valorização e qualificação dos atendentes do serviço.
O presidente da comissão, deputado João Leite (PSDB), chamou a atenção para a importância da unificação das polícias Civil e Militar. Para ele, de nada adianta a agilidade do trabalho do 190 se ainda acontecem casos de viaturas ficarem paradas por horas à espera de atendimento nas delegacias. “O 190 depende de outros fatores para agir com eficácia”, alertou.
Fonte:Rádio Itatiaia
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