Governo vai ‘cassar’ a folga de PMs para reforçar a segurança nas ruas em São Paulo

Esta será a única medida adotada para combater o mal previsível há tantos anos? O aumento da violência, por si só, gera inúmeros problemas. Vamos a um deles: o governo de São Paulo anunciou esta semana que vai “cassar a folga” de policiais para aumentar o patrulhamento nas ruas. A declaração foi dada ao jornal Estadão.

"Enquanto soldados estiverem morrendo, vamos reforçar o policiamento", disse o secretário de Segurança, Antonio Ferreira Pinto. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) falou em "guerra" contra crime.

Problemas...

Todo e qualquer trabalhador precisa de repouso após sua jornada de trabalho. Está mais do que confirmado que, após esse descanso, o trabalhador produz mais e melhor. Do contrário, ele fará o que seu patrão e clientes não desejam: um péssimo serviço. Agora, imagine esse quadro quando o trabalhador produz com uma arma na cintura...

Problemas...

Também já está mais do que comprovado que “policia na rua” não é a salvação do planeta. É óbvio que ajuda – e muito – a gerar a segurança que todos desejamos. Porém, não adianta multiplicar homens fardados em cada esquina e esquecer outras vias de combate à violência, que vão desde a educação [tão básico que seria desnecessário frisar] até uma reformulação profunda no sistema prisional e suas leis específicas.

O que os setores competentes fizeram quando constataram “violência contra a mulher”? Aumentaram o efeito policial nas casas? Até quando os policiais vão suportar sacrificar seus dias de folga, ainda que devidamente remunerados? Até que ponto essa ‘produção’ terá o selo de qualidade que a sociedade exige?

Soluções...

Não nos cansamos de profetizar: se nestes 10 meses de 2012 um grupo criminoso tivesse executado 80 parlamentares federais no Brasil, daqui a três meses você, leitor, poderia andar nas ruas a qualquer hora do dia, noite ou madrugada, com relógio de ouro e carro importado. Ninguém iria lhe importunar.

Já são mais de 80 policiais assassinados este ano só em São Paulo, e nada muda.

A não ser a sobrecarga de quem já tem um fado imenso para carregar.

Fonte: PARAIBAEMQAP.COM.BR