Estrategia aparentemente pacifica falha e comandante quer a PM usando mais bala de borracha em protestos no RJ

21-07-2013 11:13

18-07-2013.132855_protesto.jpg

Após o início dos protestos em todo o Brasil, várias reuniões foram realizadas entre as forças de segurança pública e setores burocráticos (ONGs, OAB, Direitos Humanos, Anistia Internacional, etc.), com o intuito de ‘ensinar’ as polícias a atuar nesses movimentos, sem que ninguém saia ferido ‘sem necessidade’.

Ficou acordado que as polícias – em especial a Militar, pelo seu papel específico – evitariam ao máximo o uso de balas de borracha, gás lacrimogênio e outras alternativas não letais. Tudo para atender o que diz a lei (para aparelhar a polícia a lei não é obedecida...).

Resultado: os bandidos infiltrados nos movimentos perceberam o recuo das polícias e aumentaram seu poder de destruição a prédios públicos e privados. No ato dessa quarta-feira (17), contra o governador do Rio de Janeiro, a polícia [algemada] perdeu o controle da situação quatro policiais saíram feridos.

A situação forçou o comando-geral da PM do Rio a chamar os “especialistas do ar condicionado” nesta quinta-feira (18) para dizer a eles, em entrevista coletiva à imprensa, que a estratégia da lei a todo custo não está dando certo.

"O que foi pactuado com a OAB, com a Anistia Internacional, não deu certo. Há queixa contra o gás, mas o gás é o que menos incomoda. Nossa ação foi prejudicada", disse o comandante, acrescentando que a PM vai voltar a usar as munições de borracha da forma que a realidade exigir.

O exemplo em tela cabe também para inúmeras outras situações e setores da segurança pública.

Foto: Marcos de Paulo - AE

 
Voltar