ES- Inspetores penitenciários impedem fuga no PSMA I

06-05-2015 10:17

A Penitenciária de Segurança Máxima I (PSMA I), em Viana, registrou uma tentativa de fuga no plantão do último sábado (2) para domingo (3). A tentativa foi um reflexo do número baixo de inspetores penitenciários nos plantão frente ao alto número de internos.  


A denúncia é de um inspetor que não quer se identificar por medo de represálias que conta que neste plantão havia apenas dez agentes na parte da manhã e 11 à tarde para garantir a guarda de aproximadamente 640 internos.   

Por volta das 23 horas de domingo os inspetores descobriram o plano de fuga dos internos, ao constatarem que já haviam sido serradas duas barras de ferro de uma cela. No momento da tentativa de fuga havia dez inspetores no plantão, sendo que sete participaram da ação para frustrar a fuga e apenas dois poderiam portar armas, pois eram efetivos.  

Os inspetores flagraram um interno no teto da galeria tentando serrar a chapa de ferro para fugir. Somente quando viram que não seria possível a fuga, os internos desistiram. 

No primeiro momento após a tentativa, os inspetores verificaram se havia outras celas com barras serradas, mas não conseguiram localizar a ferramenta utilizada para tentar a fuga. O baixo número de inspetores impossibilitou que fosse feita uma varredura mais completa. 

A principal razão para o baixo número de inspetores nos plantões é o fato de haver profissionais que só trabalham no horário comercial de segunda-feira a sexta-feira. Estes servidores pleiteiam o direito de trabalhar nos plantões.  

Os inspetores querem o direito de trabalhar no regime de escala, assim como os outros profissionais do sistema penitenciário. Eles contam que, da forma como o trabalho vem sendo conduzido com a atual carga horária, os inspetores estão sendo sobrecarregados e alguns deles cogitam tirar licença médica.  

Por conta das instatisfação generalizada dos mais de 500 inspetores penitenciários do concurso de 2012, os Sindaspes elaborou uma ata de reivindicações para ser entregue ao governo. Os inspetores defendem o direito de trabalharem na escala de 24 horas trabalhadas para 72 de descanso, assim como os outros profissionais. 

Eles reclamam que o regime de trabalho de segunda-feira a sexta-feira, das 8 às 17 horas é extremamente desgastante, já que eles ficam o tempo inteiro em ambiente hostil e de risco iminente. Muitos dos novos inspetores já procuraram a Unidade Central de Atenção Psicossocial dos Servidores Penitenciários da Sejus (Ucap) por conta da pressão psicológica que esta carga horária acarreta.

Fonte: site seculodiario.com.br

 

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