ES- IASES- Reunião vai definir os rumos da operação que prendeu diretora de presídio no ES
20-08-2012 18:17
Uma reunião para apresentar o pedido de prorrogação da prisão dos investigados e para definir as próximas medidas da Operação Pixote, está marcada para acontecer na tarde desta segunda-feira (20), no Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ-ES).
A operação investiga o esquema milionário de superfaturamento de contratos em favor de uma empresa de ressocialização de menores infratores e denúncias sobre a violação dos direitos humanos. Na última sexta-feira (17) foram cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão na sede do Instituto de Atendimento Socioeducativo de Espírito Santo (Iases), no prédio da Secretária de Justiça e nos escritórios da Associação Capixaba de Desenvolvimento e Inclusão Social (Acadis).
Várias caixas de documentos e computadores foram apreendidos e descarregados na Delegacia de Crimes Fazendários. Segundo as investigações, a diretora do Iases, Silvana Galina, é acusada de favorecer a Acadis, dirigida pelo empresário Gerardo Mondragon, na assinatura de contratos e convênios de prestação de serviços nas unidades de internação de Cariacica e Linhares. Os dois foram detidos com outros servidores.
A operação
A operação foi deflagrada pelo Núcleo de Repressão à Organizações Criminosas, o Nuroc. Durante a ação, os policiais também estiveram em algumas penitenciárias como o Presídio Feminino de Tucum, onde recolheram mais documentos e computadores para complementar as investigações. Há informações de que policiais civis dessa força-tarefa ainda estiveram na casa de políticos.
Desvio de milhões
A quantidade de dinheiro público que foi desviado pelo esquema de corrupção que existia dentro do sistema penitenciário do Estado chega a milhões de reais. Ao todo, 13 pessoas foram presas, entre elas a presidente do Iases, Silvana Galina, e mais três diretores. Segundo a polícia, o chefe da quadrilha é Gerardo Mondragon, diretor da ONG Acadis, contratada para dar apoio pedagógico ao instituto. Além dele, outros sete dirigentes da ONG foram presos. O último detido foi o defensor público Severino Ramos da Silva, suspeito de insuflar rebeliões de menores em unidades não administradas pela Acades. Isso ajudaria a ONG a conseguir mais contratos.
Fonte: Redação Folha Vitória
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