ES- ES não registrou morte de PMs em confronto com bandidos este ano

25-09-2012 14:58

Reprodução TV VitóriaUm levantamento da Secretaria Estadual de Segurança Pública do Espírito Santo (Sesp) mostra que durante todo o ano de 2011, apenas um policial militar morreu durante confronto com bandidos. Já no primeiro semestre deste ano nenhum óbito foi registrado em decorrência do problema.

Para o Comandante do Policiamento Ostensivo Metropolitano, Coronel Edmilson dos Santos, uma dos fatores que podem justificar a baixa nos índices é o perfil do Estado. “Na verdade não há registro de confronto no Estado. Não verificamos essa questão do confronto como perfil do Estado”, disse o comandante.

No entanto, o comandante reconhece que o indício de que adolescentes estariam sendo treinados para matar policias em um bairro de Cariacica, pode servir de alerta. “Quando este tipo de denúncia chega ao nosso conhecimento é rapidamente apurada. O nosso serviço de inteligência está sempre atento a este tipo de informação, mas é um dado que chama nossa atenção e nos faz aumentar ainda mais os nossos cuidados”, frisa.

Mortes em São Paulo e Rio de Janeiro

O número de policiais militares assassinados no estado de São Paulo entre janeiro e setembro deste ano é cerca de 40% maior do que a quantidade de casos registrados em todo o ano passado. Ao longo de 2011 foram mortos 48 policiais, enquanto nos primeiros nove meses de 2012 foram 67 ocorrências.

Além de São Paulo, os policias também enfrentam problemas no Rio de Janeiro. Nesta última semana, três confrontos armados, em comunidades que haviam sido pacificadas, resultaram na morte de dois PMs .

Para o especialista em segurança pública e pesquisador da Fundação Getulio Vargas, Guaracy Mingardi, o aumento das mortes está ligado a um ciclo de vinganças entre o crime organizado e os policiais. Na opinião de Mingardi, que foi subsecretário nacional de Segurança Pública, faltou uma ação adequada para dar resposta aos primeiros casos de execução de policiais, o que está levando aos confrontos.

“Se você não resolver [os casos de mortes de policiais], não prender ninguém, a polícia fica inquieta e começa a matar mais. A polícia mata mais, os criminosos matam mais e as coisas vão indo assim: represália para lá, represália para cá”, disse. “Isso é uma quebra do regime democrático, de direito, que você não pode deixar acontecer”, completou. (Com informações da Agência Estado)

Fonte: folhavitoria.com.br

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