ES- Comandante da Polícia Militar diz que legislação brasileira acoberta criminosos
20-05-2013 16:39
Para Edimilson do Santos, a lei, ao invés de punir criminosos, acaba acobertando-os

Na opinião do coronel, a lei, ao invés de punir criminosos, acaba acobertando-os. "Considero que nossas leis estão mais favorecendo o cometimento de crimes, a questão da sensação de impunidade, que vai de encontro à sensação de segurança, isso afeta muito nosso trabalho. Há esse apelo junto ao poder legislativo federal principalmente nessas mudanças", afirmou, em entrevista à Rádio CBN Vitória.
> Leia mais notícias do Minuto a Minuto
Como exemplo, o comandante da PM citou a lei que começou a vigorar em meados de 2011, relativo à questão de fiança. Ele criticou o fato de uma pessoa ser pega com porte ilegal de arma, ir para a delegacia, mas, durante o registro da ocorrência, poder pagar fiança e ser posta em liberdade.
"A PM está atuando. Se verificarmos, por exemplo, as estatísticas de apreensão de armas, comparando 2010 e 2012, foi 60% de aumento só na Grande Vitória. Números de detidos mais de 100%. Mas, infelizmente, boa parte deles não ficam presos e são pegos duas, três, dez vezes com outro armamento. Isso acaba gerando a questão de violência", ponderou.
O coronel, que até a semana passada atuava no Comando do Policiamento Ostensivo na Grande Vitória, defende uma outra alternativa à redução da maioridade penal. Para ele, a punição aplicada ao menor infrator deve ser prolongada para se tornar ideal.
Quanto à questão da internação compulsória para viciados, o comandante geral da PM observa que precisa ser criado uma infraestrutura que possa atender efetivamente a demanda. "A internação para existir tem que ter um preparo. Tem que haver clínicas voltadas para o tratamento do cidadão, inclusive da própria família afetada. É outro fator importante para a questão da violência", disse.
Entretanto, o coronel acredita que a violência é algo que não vai acabar. Mas frisa que a redução é meta prioritária da PM do Espírito Santo. "Esse é nosso objetivo, fazer com que a criminalidade, que nunca vai acabar, se reduza e esteja em níveis aceitáveis. Infelizmente não temos o poder de acabar com a criminalidade, deixá-la a zero", finalizou.
Fonte: gazetaonline.com.br
———
Voltar