ES- Jovens são presos acusados de roubar coletes e armas de vigilantes em Vitória

25-01-2012 00:06
foto: Samanta Nogueira
Escola Heloísa de Abreu Júdice
Vigilante foi assaltado na Emef Heloísa de Abreu Júdice, no bairro Bela Vista, em Vitória


Dois jovens foram presos, nesta terça-feira (24), sob acusação de envolvimento em roubos de armas e coletes de vigilantes em duas escolas públicas na região da Grande Santo, em Vitória. Além deles, outros dois rapazes também foram detidos. Segundo a polícia, os materiais foram roubados para serem usados na guerra pelo controle do tráfico de drogas na região.

Na noite do dia 31 de dezembro do ano passado, a Escola Municipal Alberto de Almeida foi invadida. Os assaltantes renderam o vigilante e roubaram o revólver e o colete usados pela vítima. Dois dias depois, os criminosos roubaram a arma e o colete do vigilante da Escola Municipal Heloísa Abreu. Uma das armas roubadas foi encontrada em uma abordagem policial no Centro de Vitória há uma semana. O outro revólver ainda não foi localizado.

Acusados

Os acusados Jonathan Freitas Dorneles e Levi Vinícius, ambos de 19 anos, e um adolescente de 15 anos são moradores de Santo Antônio. Junto com o trio foi capturado Leonardo Ribeiro, 29, proprietário de uma oficina mecânica no mesmo bairro.


Todos foram presos em operação de policiais da Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio, em cumprimento de dois mandados de busca e apreensão expedidos pela Central de Inquéritos. Os criminosos foram descobertos por meio denúncias anônimas ao Disque-Denúncia (181).

Ex-aluno

Chamou atenção da polícia o fato de Jonathan ter estudado em uma das escolas assaltadas. Os colégios foram alvos nas noites dos dias 31 de dezembro e 2 de janeiro. O adolescente apreendido era o comparsa de Jonathan nos assaltos. O ex-aluno confessou o crime e contou como foi cometido o primeiro roubo.

"Eu entrei lá sabendo de tudo já. Sabendo como era a rotina o vigilante. O vigilante estava dormindo quando eu e o outro rapaz chegamos lá. Peguei o colete e fui embora. Depois retornei, ele ainda estava dormindo, e resolvi bater no portão. Ele foi por um caminho, entrei por outro e surpreendi ele na sala onde fica o monitoramento. Tive de me esconder dentro de um banheiro. Usei uma arma de brinquedo, encostei no pescoço. Ele não sabia se a arma que usei era de brinquedo ou não porque estava escuro. Peguei o revólver e fui embora", detalhou.

Levi, acusado de participar de um terceiro assalto feito pela dupla citada,  é apontado pela polícia como dono de 18 pontos de venda de drogas na Grande Santo Antônio. Jonathan, Levi e o menor de idade são suspeitos de roubar um carro, modelo Fox,  no Cemitério de Santo Antônio, no último dia 17. A vítima teria sido confundida com o vigilante do local e, inclusive, foi algemada para não reagir.

Negaram

O veículo foi recuperado pela polícia. O dono da oficina mecânica, para onde o carro foi levado, nega que tenha algum envolvimento com o assalto ou que soubesse que o veículo fosse roubado. "Deixaram o carro na oficina para eu fazer um serviço. Eu não sabia de nada", afirmou.

No entanto, a polícia afirma ter conhecimento de que o veículo teria sido comprado pelo dono da oficina ao valor de R$ 1,3 mil. O vendedor seria o adolescente de 15 anos. Já Levi negou a participação dele no assalto ocorrido no cemitério. Ele nega também que seja traficante de drogas em Santo Antônio.

"Essa história é fofoca. Eu não mexo com essa negócio de droga não. É conversa fiada. Se eu estivesse mexendo com drogas eu teria uma casa imensa. Dá para ganhar muito dinheiro com 18 bocas-de-fumo, mas eu não mexo com droga não", rebateu. Levi já tinha passagem pela polícia por infração análoga a assalto, crime o qual ele respondeu quando foi menor de idade. O quarteto detido foi autuado em flagrante pelos crimes de assalto e receptação.

Fonte: gazetaonline.com.br
 

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