ES- ACS/PMBM/ES pede mutirão da Justiça em presídio militar

22-03-2012 20:06

 

Dois representantes da Diretoria da Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Estado do Espírito Santo (ACS/PMBM/ES), Flávio Gava e Alexandre Pereira, tiveram audiência na tarde de quarta-feira (21/03) com o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Pedro Valls Feu Rosa, quando apresentaram três reivindicações e agendaram um café da manhã com o magistrado para o dia 18 de abril, às 9 horas, no Clube Recreativo de Jardim Camburi, com famílias dos associados.

 

Os diretores Flávio Gava e Alexandre Pereira levaram reivindicações dos militares estaduais ao Tribunal de Justiça (Foto: Assessoria de Imprensa do TJES)

 

Os dirigentes da entidade militar queixaram-se com o Presidente da Corte do que consideram “tratamento discriminatório” dado a policiais militares envolvidos em processos na Justiça, quando comparados com o tratamento “mais brando” dado a policiais civis e mesmo a civis, quando sob as mesmas acusações e do excessivo tempo de cumprimento de prisão preventiva.

 

Por fim, solicitaram que seja realizado um mutirão nos processos dos policiais detidos no presídio militar do Quartel do Comando Geral (QCG), em Maruípe.
De acordo com Gava, os motivos ensejadores das prisões preventivas também precisam ser revistos.

 

“Às vezes o policial militar é preso só por ser PM. O cidadão civil e um policial civil sob a mesma acusação ficam soltos. Não estou defendendo que o policial sob processo volte para a rua, mas ele pode ser aproveitado em serviços administrativos, até para liberar mais policiais para a segurança do cidadão. Hoje, há policial a dois ou três anos preso preventivamente”, disse Flávio Gava.

 

Para o dirigente da ACS/PMBM/ES, mais da metade das denúncias que chegam à Corregedoria da PM não procedem, “mas os policiais são submetidos à pressão da apuração, porque a Corregedoria é severa”.

 

De acordo com Flávio Gava e Alexandre Pereira, existem hoje cerca de 300 associados da entidade processados, o que equivale a, aproximadamente, 6% do total de cabos e soldados da Polícia Militar do Espírito Santo.

 

“É um número baixo, proporcionalmente. No passado, o policial era treinado em regime de arbítrio e preparado para ser arbitrário. Hoje, há toda uma orientação cidadã na formação do policial, além de o plano de carreira exigir comportamento adequado como critério de promoção. O índice de reincidência de policiais envolvidos em crimes é quase zero”, disse Gava.

 

Outra reclamação dos dirigentes da ACS/ES é quanto ao que eles chamam de “inversão de valores” quando algum fato envolve policiais. E citam o exemplo da morte de um adolescente em Jardim Tropical, na Serra.

 

“A família do garoto e a imprensa condenaram a ação policial, mas a apuração vai elucidar aqueles fatos e demonstrar que os policiais não agiram fora da lei”, disse Gava.

 

Fonte: Site do Tribunal de Justiça do Espírito Santo.

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