PM terá 12,5 mil soldados nas UPPs até a Copa, diz secretaria
19-11-2011 20:18A Polícia Militar do Rio de Janeiro contará com 12,5 mil soldados para atuação em unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) até a Copa do Mundo, segundo informou nesta sexta-feira a Secretaria de Segurança Pública do Estado. Os complexos do Alemão e da Penha, na zona norte da cidade, terão a presença de 2 mil policiais militares nas UPPs até 2014.
Representantes do Exército apresentaram um balanço da ocupação, que ocorre desde novembro de 2010 nas comunidades que integram a Vila Cruzeiro e o Complexo do Alemão. De acordo com dados da Ouvidoria da Força de Pacificação, a aprovação popular sobre a presença dos soldados na localidade é de 99%.
"A pacificação não se restringe apenas ao Exército. Órgãos da prefeitura e do governo do Estado devem estar juntos para que a lei e a ordem se instaurem", disse o general César Leme Justo, que comandou a ocupação até o início deste mês.
Ainda de acordo com o balanço do Exército, desde a ocupação nas comunidades, foi registrada queda nos índices de criminalidade. Os homicídios apresentaram redução de 86%, e os roubos de veículos diminuíram 76%. Sobre os casos de conflitos entre moradores e soldados da Força de Pacificação, o general disse que são "casos isolados" e que estão ligados a interesses paralelos aos do Estado. Atualmente, o Exército tem 1,8 mil soldados de prontidão, a Polícia Militar, 120, e a Polícia Civil, 25.
Ocupação no Rio
O Complexo do Alemão foi ocupado por forças de segurança no dia 28 de novembro de 2010. A tomada do local aconteceu praticamente sem resistência, numa ação conjunta da Polícia Militar, Civil, Federal e Forças Armadas. Três dias antes da operação, a polícia havia assumido o comando da Vila Cruzeiro, na Penha. Ambas as comunidades eram dominadas, até então, pela facção criminosa Comando Vermelho.
As ações foram uma resposta do Estado a uma série de ataques de criminosos nas ruas do Rio de Janeiro. Em uma semana, pelo menos 39 pessoas morreram e mais de 180 veículos foram incendiados. Após as ocupações, foi criada a Força de Pacificação (FPaz), constituída pelo Exército e pelas polícias Civil e Militar, para atuar por tempo indeterminado na região.
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